terça-feira, 17 de maio de 2011

DENGEKI DAISY

Uh, what should I do, it’s been months since my last post. Uhoh.

Bom, depois de um tempo, por conta do trabalho, cá estou eu querendo fazer outra resenha de algum manga/anime/game. Vamos ao que importa?

Vamos falar de um shoujo hoje que lei há algum tempo e se tornou um dos meus favoritos, se não o número 1. Vocês tem que admitir, esse manga é demais.




DENGEKI DAISY

         Para os macacos velhos, que como eu, lêem mangas em inglês/espanhol/whatever, sabem que essa obra é bem conhecida. Muitos fãs de shoujo lêem tanto pelo romance quanto pelos mistérios que envolvem os personagens da trama. Não é difícil você ler um tópico do fórum mangafox, que logo aparece alguém citando DD. A explicação é simples, a arte e a história formam um excelente par!
        
          
Nunca havia visto um celular ser tão usado como em Dengeki Daisy, ele é praticamente um dos personagens principais, ocupando as vezes várias páginas dos capítulos, as vezes todo o capítulo é em função da mensagem recebida e quase sempre algo acontece em função do que foi enviado para os celulares de outros personagens.
Mas tudo tem uma explicação, até mesmo o uso desse aparelho.
A história é sobre Teru Kurebayashi, colegial, 16 anos. Sim, até aí é o velho clichê que todos já viram nos gêneros.
No início do mangá, narrado por ela mesma, Teru conta que perdeu o irmão mais velho vítima de uma doença desconhecida – e até o momento, não revalada no mangá. Apesar de viver sozinha, às vezes sofrer bullying, ela simplesmente não dá a mínima, porque ela tem Daisy.
Daisy é a pessoa com quem Teru se comunica através de seu celular. Ela recebe mensagens da estranha figura e manda de volta, desde a morte de seu irmão. Ela não acha estranho ter grande admiração por alguém que jamais viu, ou contar toda sua vida e até mesmo os podres, para Daisy. Ele está sempre ali, ajudando-a e lhe dando conselhos.


         Teru tem amigos na sala e vive razoavelmente bem. Mas durante um certo incidente – muito hilário por sinal. – ela e uns amigos acabam quebrando a janela de sua sala, temendo por uma suspensão e a visita do diretor, são surpreendidos por uma figura aterrorizante, com olhos demoníacos e cabelos tingidos. Eis que surge, o zelador da escola Tasuku Kurosaki., 24 anos Ele entra na sala e sobe na mesa do professor, esperando que alguém tome a iniciativa de se declarar culpado, e não podia deixar de ser, sobre para Teru o problema.
         A garota então se torna a escrava de Kurosaki – não no sentido errado. – Ela deverá fazer todo o serviço de Kurosaki e até mais, já que ele não tem dinheiro para o conserto e nem Teru.
O que inicialmente era uma relação de ódio, Teru começa a dizer para Daisy o quanto acha Kurosaki interessante e inteligente, mesmo mandando-o ficar careca ou pintar os cabelos e... Bom, ela já o xinga demais.

         Se até aí você acha que é mais um mangá típico, a mudança começa a partir do encontro de Teru e Kurosaki.
Ficamos então sabendo – pela visão de Kurosaki. – que ele é de fato Daisy, que ele é um Hacker que conhecia o irmão de Teru e que por sinal, foi incumbido da tarefa de cuidar de Teru como forma de se redimir dos erros que cometeu no passado.
Não se sabe ao certo quais foram os erros, mas Kurosaki protege Teru se questionar.
No manga, também é introduzido o maior mistério que repercute em todos os personagens e os fazem ficar ligados. A única coisa que mantém todos unidos, sem parecer obra do acaso.
Um grande software foi desenvolvido pelo irmão de Teru, Kurosaki e Riko, conselheira da escola. Não se sabe o que aconteceu, mas pouco antes de Souichiro morrer, ele desapareceu. Pelo valor que seria vendido, esse software se torna a cobiça de todos os vilões do mangá, e infelizmente, as suspeitas caem sobre Teru que não faz idéia sobre o que possa ser. Ela é uma das únicas pessoas que não tinham contato com esse universo, mas por usar um celular dado pelo irmão e se comunicar com Daisy – o nome de um Hacker famoso. – ela acaba virando alvo principal.

         Como disse antes, nada é ao acaso no mangá, todos estão ligados por causa do Software. Riko, a conselheira da escola, era namorada de Souichiro. Kurosaki apenas conhece Teru porque o próprio irmão da adolescente decidiu que isso deveria acontecer. E até mesmo o Diretor da escola fica envolvido no rolo, embora não possa dar detalhes, já que participação na trama tem grande peso.
Teru pode não saber da verdade sobre as pessoas que a cercam, mas aos poucos ela começa entender na fria que o irmão a deixou, e segue pistas sobre a identidade de Daisy, enquanto se apaixona por Kurosaki. E Kurosaki se apaixona por Teru, mas recusa a aceitar tal fato.
Não preciso dizer que a identidade dele logo é descoberta e vira até piada rotineira, já que todos sabem quem é Daisy e que Kurosaki sequer precisa esconder mais o fato. Mas ele continua com o personagem para proteger Teru e se proteger, ainda que os fatos não sejam claros.


A comédia é um dos pontos altos do mangá. Não se passa um simples capítulo sem que aconteça algo absurdo. A começar pela janela quebrando e Kurosaki com seu jeito, bad boy, entre quebrando tudo. Ele e Teru são os personagens mais cômicos e suas interações sempre geram cenas hilárias.
As reações de Teru quando Kurosaki a chama de tábua, sem peito e afins é sempre demais. Não podendo esquecer das cenas tensas, aonde Teru fica em perigo, ela sempre dá uma bola fora no suspeito. Até mesmo nas situações assim, existe uma comédia gigante.
Mas para não desmerecer o gênero, Dengeki Daisy É e sempre será um shoujo, as cenas de romance não em todos os capítulos, mas nos momentos mais importantes, ela comparece e faz bem o papel. O conflito que existe dentro de Teru em aceitar Daisy ao mesmo tempo em que tenta aceitar Kurosaki é interessante de ver, já que Daisy foi introduzido através de seu irmão, e Kurosaki é um simples zelador que tinge o cabelo.
Kurosaki é outro personagem complexo. Seu passado é um breu, pouco sabe sobre sua vida ao lado Souichiro, além de que fora um Hacker renomado. Seus pecados não ficam tão claros, em bora algumas pessoas tentem adivinhar. E seu amor pela Teru é sempre reprimido, principalmente por ela ser menor de idade, irmã da pessoa que o culpou pela morte e ainda por cima, Teru é o alvo constante. Ele simplesmente luta para não deixar que isso o leve a loucura, enquanto outros momentos, ele simplesmente ignora.

         Personagens secundários! Ahhh, a maravilha e o calcanhar de Aquiles. Os secundários em Dengeki Daisy têm lá suas histórias, sempre conectadas ao celular de Teru e a vida que Kurosaki teve.
Uma delas é Riko, ex-namorada de Souichiro e que acaba acolhendo a menina em sua casa após ‘n’ eventos. Ela serve como conselheira para Kurosaki, tentando sempre iluminar o caminho desse rapaz. Kiyoshi, um dos melhores amigos de Teru que acaba tendo papel inusitado na história e também vira um escravo do Kurosaki.
Temos também o ‘Mestre’, a pessoa que é dona de uma casa de chá e que Riko e Kurosaki sempre chamam de ‘Mestre’, embora Teru não faça idéia do motivo. Temos Rena Ichinose, outra personagem que tem papel importantíssimo no decorrer de um dos arcos da história.
Todos eles têm sua importância, mas as vezes parece que simplesmente somem depois do arco que mostrou suas histórias. Uma pena, já que seu potencial era imenso.
Gosto de pensar que em determinado momento, esses personagens irão ganhar um maior foco e ajudar Teru no momento mais importante. Mas acho que isso vai demorar.
        
         Para quem conhece a autora de Dengeki Daisy, sabem que ela já fez outros trabalhos muito queridos pelo público. Ela se designa como homem – WTF, não me perguntem. – mas realmente é mulher.
Motomi Kyousuke, dona dos trabalhos conhecidos como: Beast Master, Dengeki Daisy e alguns outros que ainda não consegui ter o prazer de ler... Ou que nãoforam traduzidos para o inglês. Todos seus trabalhos foram publicados na revista Betsucomi, aonde foram abrigados muitas outras obras conhecidas como: Hot Gimmick, Binetsu Shojo, Black Bird e Sand Chronicles (Este já foi publicado aqui como Sunadokei - O Relógio de Areia, na JBC).
Eu sinceramente torço para que ele venha ao Brasil. É um mangá excelente que estaria batendo nos recentes que vejo a Panini lançar ou a JBC, não que eu odeie Shonen, mas o público Shoujo anda muito sem material.

De todo jeito, sempre que puderem, leiam o lançado no Brasil. Se não houver meios, infelizmente nos sobra as raws em inglês ou em espanhol.






Acho que é tudo e até o próximo post. o/