Saudações pessoas (:
Depois de muito enrolar, criei coragem e cá estou eu fazendo uma resenha sobre Final Fantasy! Eu sei que a maioria dos homens podem ter jogado e meninas ouvido falar, inverso? Whatever.
Final Fantasy, o maior sucesso da Square – atualmente Square-Enix. – O RPG que os salvou da desgraça iminente e agora seu carro chefe.
Ano passado, tivemos a grande surpresa chamada Final Fantasy XIII, um novo game da franquia, direcionado às plataformas XBOX 360 e Playstation 3. Gráficos maravilhosamente bem feitos, dublagem absurdamente linda e trilha sonora de tirar o fôlego.
Mas Nammy, por que foi um jogo tão criticado/adorado?
Vamos em partes. Primeiro, falemos da história num geral.
Final Fantasy XIII, faz parte da nova geração dos FF’s aonde irão abranger um mesmo universo – O Fabulla Nova Crystallis. Dentro desse umiverso, teremos: FF Type-O (Antes chamado de Agito), Versus XIII, o XIII e a continuação anunciada XIII-2.
Mas falando do XIII, somos apresentados a dois mundos: Coccoon e Pulse. Esses dois mundos estão em guerras desde séculos atrás, cada um acreditando que o outro deseja a sua destruição completa.
Em Coccon, logo no início do jogo, nos é apresentado a ameaça dos L’cie, seres que foram ‘amaldiçoados’ pelos Fa’lcie, seres que fornecem literalmente todas as necessidades dos humanos em Coccon. Para sermos mais exatos, um Pulse L’cie se infiltrou em Coccon, e por esse motivo, o exercito (SANCTUM) começou a agir, querendo evacuar – MATAR – todas as pessoas que estavam nas proximidades do local aonde havia sido avistado o inimigo da nação.
Antes que se pense que os Pulse L’cie são inimigos, entra em cena a personagem principal do jogo, Lightning. A, agora, ex-membro dos Guardian Corps, adentra um dos trens que estão levando pessoas para sofrerem a Purge, ou seja, evacuação de Coccon. Lightning possui seus motivos para estar ali, assim como o novo ‘companheiro’ Sahz que está a seguindo sem motivos aparentes.
Do outro lado da cidade, no meio da confusão, se encontra o grupo de resistência NORA, salvando as pessoas que estavam prestes a sofrer a Purge e abrindo caminho para seu líder, Snow Villiers; outro personagem que está ali por motivos pessoais.
O interessante do começo do jogo são as aparentes coincidências, todos estão presentes nessa cidade, separados em diversos pontos, mas unidos por uma mesma situação. Todos ali mal se conheciam, sequer poderiam imaginar que um dia dividiriam o mesmo destino. Para mim, essa foi a grande sacada dos criadores. As coincidências que os uniram.
Um dos fatores da união foi Serah Farron, a jovem Pulse L’Cie, que estava perdida e aos poucos, sofrendo com a situação, sem saber o que fazer ou ir.
Serah é irmã mais nova de Lightning, noiva de Snow e literalmente a grande culpada pelo encontro de todos os personagens do jogo.
Serah se encontra presa dentro de Bodhum, o Fal’Cie que veio de Pulse. E é lá que Lightning e Snow se dirigem, durante o percurso, Snow encontra Hope e sua mãe – dois sobreviventes da Purge.Hope, aparentemente, um garoto frágil e incompetente, tenta evitar a todo custo lutar na resistência, enquanto sua mãe – coincidentemente Nora – decide protege-lo
Nora é uma das personagens que mais me impressionou em todo o jogo. Não é jogavel, aparece pouquíssimo, mas suas falas me deixavam sempre com lágrima nos olhos. Ela era o grande suporte de Hope e como ela mesma disse:
I told you, moms are tough.
A morte de Nora faz com que Hope decida ir atrás de Snow por vingança, ele encontra Vanille, outra pessoa que fugia da Purge. A garota de cabelos avermelhados e uma voz meio sonsa, esconde também outro segredo e sua presença ali não é coincidência.
Juntos, eles também partem para Bodhum. E é lá que todos se encontram, ou melhor, quase todos.
E é lá também que descobrem que Serah completou seu Focus, se transformando num cristal.
Focus, é a missão dada aos L’Cie pelo seu Mestre, quando a completam, transformam-se em Cristais; caso falhem, se tornem monstros que perambulam o mundo lamentando isso, os C’ieth.
Lightning, inconformada com o resultado dos eventos, decide destruir Bodhum, apenas para se tornar, ao lado dos demais personagens, uma Pulse L’Cie.
A visão que todos têm é de Ragnarok, sua missão não é completamente nítida, mas todos são amaldiçoados com ela.
A história então ganha forma. É completar o Focus e viver eternamente cristalizado, ou ignorar a missão e se tornar um C’ieth.
O que fazer quando tudo está perdido e a única opção restante é seguir em frente?
O jogo vai se desenvolvendo a partir destes eventos. Posso dizer que toda sua história é muito triste, sempre com um clima sombrio e desgraças assolando a história dos personagens a todo o momento.
O interessante é como ela é contada, a cada vez que se avança um pouco, se descobre o que antecedeu os 13 dias dos acontecimentos, quando Bodhum surgiu em Coccon.
Sabemos então que Vanille tinha uma parceira, Fang. Sabemos que ambas foram culpadas pelo nascimento de um Coccon L’Cie, que Lightning não acreditou que sua irmã havia se tornado uma L’Cie, inimiga de Coccon. E os arrependimentos surgem inevitavelmente.
Hope, Snow, Fang, Lightning, Sahz, Vanille, Serah, todos são personagens memoráveis no jogo. Suas histórias se entrelaçam e um laço único os junta. É quase inacreditável como você começa a gostar dos personagens, antes mesmo de saber seus motivos e seu passado.
Já contei inúmeros clichês no decorrer do jogo, mas eles em momento algum beiram o absurdo, eles estão e conseguem de certa forma se inovar. Você sabe que eles estão presentes, sabe que todos os conflitos dos personagens giram em torno – por exemplo – de Arrependimento. Mas continua torcendo para que o final seja feliz.Um dos clichês que quase conseguiu estragar toda a história foi o sacrifício. Já havia visto isso em Final Fantasy X e quando começaram a introduzir a idéia dele no XIII, quase pensei em desistir do jogo, mas então há as reviravoltas. Aceitar ou não o sacrifício? É o destino, não é? Será que realmente devemos aceitar a missão e morrer por ela? FF XIII consegue passar raspando em todos os clichês com maestria, confesso que abri um sorriso imenso ao ver que os criadores não se resignaram a criar algo que fosse apenas bom, mas que se tornasse um clássico.
Agora, os problemas do Final Fantasy XIII são muitos, como dito antes. O jogo foi tão elogiado quanto criticado pelos fãs.
Um desses problemas foi exatamente na jogabilidade, a linearidade.
O jogo se tornou muito linear, tanto em fases quanto em história. Não há cidades para freqüentar livremente, não há pessoas para dialogar e não existem escolhas durante o jogo. Você segue exatamente o roteiro ao pé da letra. A interatividade com os personagens também não é grande, o que dificulta um pouco a diversão e torna o jogo, às vezes, cansativo. Como ouvi amigos dizerem, o jogo pode ser resumido a: Andar pelo mapa, Luta, luta... História... Luta, luta, luta, BOSS. E assim o ciclo repete.
Mas para mim, fez muito sentido a linearidade, afinal, você é um inimigo de todo o planeta, não pode simplesmente ficar passeando, não é?
Quests? Resolver problemas de pessoas que O TEMEM? Não faria sentido para mim.
A parte mais aberta a quests é em Gran Pulse, aonde você circula livremente pelo grande – coloque GRANDE nisso – mundo, aonde certos personagens viveram.
Outra reclamação existente foi a escolha do time. Até praticamente metade do jogo, você é obrigado a jogar com aquele grupo de 3 personagens. Não pode mudar o líder e nem sua formação, você não controla os demais personagens, apenas o líder. Algo similar com o XII.
Os personagens podem ser apenas instruídos a seguir um ‘role’. Os Roles do jogo são parte da jogabilidade denominada Paradigm Shift (Usando o Active Time Battle – ATB), aonde você define se assumiram postura de ataque físico, usando magia, cura, suporte ou até mesmo um role que lança status negativos nos inimigos.
Se o líder cai, todos caem junto, sem exceção. Se algum parceiro cai, você continua.
Dentro dessa jogabilidade, temos os summons – aqui conhecidos como Eidolons (Pronunciado dentro do jogo de Aidolons), que geraram mais controvérsia ainda, já que em seu Gestalt mode, eles se tornam montarias/veículos (?). Eu sinceramente não fui fã dessa mudança, Odin foi o único que ficou interessante, se tornando um cavalo que Lightning monta e solta rosas (????).
As gêmeas Shiva, Odin, Alexander, Bahamut, Hecatoncheir e Brynhildr. Cada summon é único de cada personagem, aparecendo para eles em momentos críticos para levantar sua moral.
Romance era uma coisa que eu sempre desejei desde Final Fantasy X. A história deste girava em torno de Yuna e Tidus, agora no XIII, ele está ali, presente nos personagens secundários.
O que move Snow, não é apenas seu heroísmo que beira a burrice, e sim seu amor incondicional por Serah – sua futura esposa. Seu amor é um dos grandes chamativos no personagem, que apesar da aparência dúbia, é um dos mais bondosos e decididos de todo o grupo, conseguindo convencer até Lightning de seus objetivos. E também é o saco de pancadas da protagonista – sim, eu rio demais dos dois! Cunhadinho e Cunhadinha brigando é tão... Não, melhor ficar quieta.
Também tive a agradável surpresa de saber que o encerramento ficou a cargo de Leona Lewis – lembram dela?
Ela canta My Hands, o single o jogo, que esteve presente no trailer e agora no encerramento.
Para mim, ele foi de longe, o melhor que tema que poderia haver para os personagens e para o jogo em si. Afinal, haveria música melhor para definir Lightning e os demais?
Para um jogo receber 39/40 da Famitsu não é pouca coisa, ótimo jogo e excelente Final Fantasy. Recomendo aos novatos da série, que joguem e se divirtam. Até porque, FFXIII-2 está aí para encerrar a história dos personagens e decidir se Lightning terá um final feliz ou não.
E a novidade é: Teremos cidades no XIII-2! (: